L’articolo ridiscute l’ipotesi, sostenuta in anni recenti da alcuni studiosi, che il frammento di canzoniere portoghese (D), rinvenuto da Harvey Sharrer nel 1990 nella Torre do Tombo di Lisbona, sia identificabile con il perduto Libro di Portughesi, vale a dire l’apografo medioevale da cui derivano i due canzonieri (B e V), che Angelo Colocci fece copiare a Roma nelle prime decadi del s. XVI. Sebbene i punti di contatto tra DBV siano molti, non minori sono però le divergenze e l’analisi di tre casi concreti – una divergenza nella trascrizione d’un refrão tra DB e V; un’abbreviazione errata in V e la sua possibile spiegazione; la decorazione del settore di D. Denis in B – porta, in effetti, a dubitare seriamente di tale identificazione. La conclusione più sicura, pertanto, è che la Pergamena Sharrer non è l’unico frammento superstite del Libro di Portughesi.
O artigo discute a hipótese, avançada nos últimos anos por alguns investigadores, de que o fragmento de cancioneiro português (D), descoberto por Harvey Sharrer em 1990 na Torre do Tombo de Lisboa, pode ser identificado com o perdido Libro di Portughesi, ou seja, o apógrafo medieval do qual derivam os dois cancioneiros (B e V) que Angelo Colocci mandou copiar em Roma nas primeiras décadas do século XVI. Se, por um lado, há muitos pontos de contacto entre DBV, por outro, as diferenças não são menores, e a análise de três casos concretos – uma divergência na transcrição de um refrão entre DB e V; uma abreviatura errada em V e a sua possível explicação; a decoração do sector de D. Denis em B – leva, de facto, a sérias dúvidas sobre esta identificação. A conclusão mais segura, portanto, é que o Pergaminho de Sharrer não pode ser identificado como o único fragmento supérstite do Libro di Portughesi.